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16 maio 2024
Projeto fortalecerá a resiliência climática de mais de 250 mil pessoas no Ceará
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15 maio 2024
Enhanced Efficiency: UN Brazil Launches Common Back Office (CBO)
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15 maio 2024
ONU: Número de pessoas deslocadas alcança cifra recorde de 117 milhões
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Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima e garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Estes são os objetivos para os quais as Nações Unidas estão contribuindo a fim de que possamos atingir a Agenda 2030 no Brasil.
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09 maio 2024
ONU Brasil apoia assistência ao Rio Grande do Sul
Diante das enchentes que continuam a afligir o estado do Rio Grande do Sul, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, expressou profunda tristeza pela perda de vidas e pelos danos causados pelas fortes chuvas e inundações no sul do Brasil.Em comunicado oficial emitido em 8 de maio, ele estendeu suas condolências e solidariedade ao governo e ao povo do Brasil, assim como às famílias das vítimas.O secretário-geral também observou que desastres como este chamam a atenção para os efeitos devastadores da crise climática nas vidas e nos meios de subsistência das pessoas. Ele reiterou que a equipe da ONU no país está pronta para ajudar neste momento difícil.Sob a liderança da coordenadora residente Silvia Rucks, a ONU já está trabalhando junto a autoridades nacionais, estaduais e municipais, e também com parceiros locais, para apoiar a resposta à crise.Até agora, nove entidades da ONU já estão prestando assistência contínua a diferentes órgãos de governo, nos três níveis. A OPAS/OMS e o UNAIDS, por exemplo, estão trabalhando com o Ministério da Saúde para o envio de suprimentos de emergência e monitoramento da propagação de doenças.Para atender aos milhares de desabrigados, ACNUR e OIM estão trabalhando para apoiar o fornecimento de abrigo e outras necessidades relacionadas, como a provisão de alimentos, colchões e mantas, o que será crucial nos próximos dias, em que as temperaturas devem cair.O UNICEF está distribuindo kits de emergência e trabalhando com as autoridades governamentais no monitoramento de crianças e adolescentes abrigados ou que tenham se separado de suas famílias.A União Internacional de Telecomunicações está aportando sua expertise em telecomunicações de emergência e está apoiando o Ministério das Comunicações para o envio de equipamentos via satélite.Ações de avaliação dos danos e planejamento das respostas também estão em andamento, em coordenação com as autoridades nacionais.Como posso apoiar? Faça uma doação ao UNICEF para apoiar a distribuição de kits com apoio para água, higiene, controle de doenças e saúde menstrual: https://help.unicef.org/com-emergencia-rs?language=pt-br Visite a página de doações do ACNUR e saiba como apoiar a resposta humanitária da Agência da ONU para Refugiados: https://doar.acnur.org/page/ACNURBR/doe/enchentes-no-sul-do-brasilPara saber mais: Visite a página do ACNUR com informações sobre a crise no Rio Grande do Sul: https://www.acnur.org/portugues/emergencias/rio-grande-do-sul-brasil/ Leia a matéria da OIM sobre a resposta à crise: https://brazil.iom.int/pt-br/news/oim-trabalha-em-apoio-vitimas-das-enchentes-no-rio-grande-do-sul Acompanhe a cobertura da @onubrasil nas redes sociais.
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24 julho 2023
#PrometoPausar: Combata a desinformação nas redes sociais
Um simples compartilhamento pode ter consequências graves.
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21 agosto 2023
Campanha pela #AmbiçãoClimática
A campanha apoia os jovens, influenciadores digitais e a sociedade civil a promover evidências científicas sobre a #MudançaClimática e participar em iniciativas globais relacionadas à #AçãoClimática.
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Notícias
08 maio 2024
El Niño e impactos das mudanças climáticas afetam a América Latina e o Caribe em 2023
Um duplo choque de El Niño e mudança climática de longo prazo atingiu a América Latina e o Caribe em 2023, de acordo com um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM). Seca, calor e incêndios florestais, chuvas extremas e um furacão recorde tiveram grandes impactos na saúde, segurança alimentar e energética e no desenvolvimento econômico.O relatório Estado do Clima na América Latina e no Caribe 2023 da OMM confirmou que o ano passado foi de longe o mais quente registrado. O nível do mar continuou a subir a uma taxa mais alta do que a média global em grande parte da porção atlântica da região, ameaçando áreas costeiras e pequenos Estados insulares em desenvolvimento."Infelizmente, 2023 foi um ano de riscos climáticos recordes na América Latina e no Caribe", disse a secretária-geral da OMM, Celeste Saulo."As condições de El Niño durante a segunda metade de 2023 contribuíram para um ano recorde de calor e exacerbaram muitos eventos extremos. Isso se combinou ao aumento das temperaturas e eventos extremos mais frequentes e intensos devido às mudanças climáticas induzidas pelos seres humanos", disse ela."O furacão Otis se intensificou rapidamente antes de chegar à terra, atingindo Acapulco, no México, como um devastador furacão de Categoria 5, com dezenas de mortes e vários bilhões de dólares em danos. Inundações causaram miséria em muitas partes da região. Uma intensa seca reduziu o Rio Negro, em Manaus, na Amazônia brasileira, para seu nível mais baixo em mais de 120 anos de observações, e interrompeu severamente o transporte através do Canal do Panamá", disse Celeste Saulo.O relatório Estado do Clima na América Latina e no Caribe, acompanhado de um mapa de histórias interativo, complementa o principal relatório Estado do Clima Global da OMM. Ele embasa decisões sobre mitigação das mudanças climáticas, adaptação e gerenciamento de riscos em nível regional.O relatório destaca a necessidade de mais investimentos nos Serviços Meteorológicos e Hidrológicos Nacionais para fortalecer previsões e alertas precoces que salvam vidas. Na América Latina e no Caribe, 47% dos Estados-membros da OMM fornecem apenas serviços meteorológicos "básicos ou essenciais". Apenas 6% fornecem serviços "completos ou avançados" para apoiar a tomada de decisões em setores sensíveis ao clima.Avanços na integração de dados meteorológicos à vigilância da saúde (com foco em doenças) refletem um movimento em direção a estratégias de saúde pública mais fortes. Mas ainda há muito espaço para melhorias diante dos crescentes riscos relacionados ao clima para a saúde. Isso inclui ondas de calor, poluição do ar, insegurança alimentar e doenças transmitidas por mosquitos como a dengue, de acordo com um capítulo especial no relatório.O relatório inclui contribuições dos Serviços Meteorológicos e Hidrológicos Nacionais, centros climáticos regionais, parceiros das Nações Unidas, universidades e institutos de pesquisa e especialistas da OMM.
Mensagens-chave
Temperatura: A temperatura média de 2023 foi a mais alta já registrada, 0,82°C acima da média de 1991–2020 e 1,39°C acima da base de 1961–1990. O México experimentou a taxa de aquecimento mais rápida na região, cerca de 0,3°C por década, de 1991–2023.Precipitação: A transição de La Niña para El Niño no meio do ano causou uma grande mudança nos padrões de chuva, com muitas áreas mudando de seca/inundações relacionadas à La Niña para o extremo oposto. O Brasil foi um exemplo disso.Inundações e deslizamentos de terra levaram a intensas perdas de vidas e econômicas. Em São Sebastião, Brasil, 683mm de chuva acumularam em 15 horas em fevereiro, desencadeando um deslizamento de terra que resultou em pelo menos 65 mortes. Muitas outras cidades no Brasil também foram atingidas por chuvas excepcionais durante o ano, causando deslocamentos e grandes perturbações.Uma perturbação tropical se moveu pelo Caribe em 17 de novembro, trazendo chuvas torrenciais para Jamaica, Haiti e República Dominicana, com pelo menos 21 pessoas perdendo a vida na República Dominicana, que registrou um novo recorde de precipitação diária de 431mm.Secas intensas e severas, exacerbadas por ondas de calor, afetaram grandes áreas da América Latina durante 2023, incluindo grande parte da América Central. No final do ano, 76% do México estava experimentando algum grau de seca.A seca tornou-se cada vez mais generalizada na metade norte da América do Sul conforme o ano avançava e o El Niño se estabelecia. As chuvas de junho a setembro ficaram bem abaixo da média em grande parte da Bacia Amazônica. Oito estados brasileiros registraram sua menor precipitação de julho a setembro em mais de 40 anos. O Rio Negro na Amazônia atingiu o nível mais baixo desde o início das observações em 1902.No Canal do Panamá, os baixos níveis de água restringiram o tráfego de navios a partir de agosto. Um novo estudo do Grupo de Atribuição do Clima Mundial afirmou que a demanda crescente e o El Niño, e não as mudanças climáticas, foram os principais fatores.A seca de longo prazo continuou no sul subtropical da América do Sul. Durante a primeira metade do ano, os efeitos de La Niña ainda eram visíveis. A falta de água na Bacia do Prata afetou Uruguai, norte da Argentina e sul do Brasil com mais intensidade. No Uruguai, o verão de 2023 foi o mais seco dos últimos 42 anos, reduzindo o armazenamento de água a níveis criticamente baixos. O calor extremo e as ondas de calor afetaram o centro da América do Sul de agosto a dezembro. As temperaturas em partes do Brasil excederam 41°C em agosto, enquanto a América do Sul foi atingida por um clima escaldante no meio do inverno austral.Países como Brasil, Peru, Estado Plurinacional da Bolívia, Paraguai e Argentina registraram suas temperaturas mais altas em setembro. Grandes incêndios florestais queimaram em muitas das regiões afetadas pelo calor.O verão boreal de 2023 foi excepcional para o calor extremo sobre o México. Temperaturas superiores a 45°C foram registradas em muitas estações, com uma máxima de 51,4°C em 29 de agosto.A saúde humana, os ecossistemas e a vida selvagem sofreram. No Lago Tefé, na Amazônia brasileira, a temperatura da água atingiu um recorde, e mais de 150 botos foram encontrados mortos.A elevação do nível do mar está acelerando: A taxa de elevação do nível médio do mar aumentou a uma taxa mais alta do que a média global no Atlântico Sul e no Atlântico Norte subtropical e tropical. Isso ameaça uma grande parte da população da América Latina e do Caribe que vive em áreas costeiras, contaminando aquíferos de água doce, erodindo litorais, inundando áreas baixas e aumentando os riscos de ondas de tempestade.Glaciares: Há aproximadamente 4.000 glaciares nos Andes ao longo da fronteira entre o Chile e a Argentina, com um número menor nos Andes tropicais. Segundo o Serviço Mundial de Monitoramento de Glaciares (WGMS), o glaciar Echaurren Norte - um glaciar de referência - perdeu cerca de 31 metros equivalentes de água (m e.a.) de 1975 a 2023. O recuo se acelerou neste século.
Impactos e Riscos Relacionados ao ClimaDe acordo com o Centro de Pesquisa na Epidemiologia de Desastres (CRED) e o Banco de Dados Internacional sobre Desastres (EM-DAT), houve 67 desastres reportados relacionados a meteorologia, hidrologia e clima na região em 2023. Destes, 77% foram eventos relacionados a tempestades e inundações. O prejuízo econômico estimado de 21 bilhões de dólares reportado ao EM-DAT foi principalmente devido a tempestades (66%), incluindo os 12 bilhões de dólares de danos associados ao Furacão Otis (dados acessados em 21 de fevereiro de 2024).A dimensão real dos danos é provavelmente pior devido à subnotificação e porque dados sobre os impactos não estão disponíveis para alguns países. Isso é especialmente verdadeiro para eventos extremos relacionados ao calor.A agricultura e a segurança alimentar foram gravemente afetadas por desastres e mudanças climáticas. Em 2023, foi relatado que 13,8 milhões de pessoas sofreram de crises alimentares agudas de fase 3 ou acima, especialmente na América Central e no Caribe.As condições de El Niño contribuíram para as secas prolongadas no Corredor Seco da América Central e no norte da América do Sul, e para chuvas intensas e inundações ao longo das costas do Equador e Peru. Isso afetou a produção agrícola e exacerbou a insegurança alimentar, especialmente em comunidades dependentes da agricultura para seus meios de vida. Os impactos provavelmente serão sentidos em 2024 e além.O aumento da temperatura do mar ligado ao El Niño também reduziu a pesca em países como Peru e Equador.Saúde: A região da América Latina e Caribe enfrenta riscos de saúde aumentados devido à exposição da população a ondas de calor, fumaça de incêndios florestais, poeira e poluição do ar, levando a problemas cardiovasculares e respiratórios, além de crescente insegurança alimentar e desnutrição.A exposição a ondas de calor está aumentando. De acordo com um estudo recente, isso está associado a um aumento na mortalidade relacionada ao calor de 140% do período de 2000-2009 ao período de 2013-2022. Na América Latina e no Caribe, estima-se que 36.695 mortes anuais em excesso relacionadas ao calor ocorreram entre 2000 e 2019. Isso provavelmente é uma subestimação.A poluição do ar, muitas vezes agravada pelas mudanças climáticas, é uma séria ameaça à saúde, com mais de 150 milhões de pessoas na região vivendo em áreas que excedem as diretrizes de qualidade do ar da Organização Mundial da Saúde (OMS).Padrões de chuva em mudança e temperaturas crescentes estão expandindo a distribuição geográfica de doenças como a malária. Em 2019, foram relatados mais de 3 milhões de casos de dengue nas Américas, o maior número registrado até então. Esse número foi superado nos primeiros 7 meses de 2023.A prestação de serviços climáticos é fundamental para aprimorar a tomada de decisões e ação em diversos setores. Apesar de algum progresso, apenas 38% dos estados membros da OMM na região indicaram fornecer produtos climáticos específicos para o setor de saúde.No entanto, esforços estão sendo feitos para aumentar a resiliência do setor de saúde às mudanças do clima. Doze dos trinta e cinco países das Américas estão desenvolvendo Planos Nacionais de Adaptação em Saúde. Uma pesquisa de 2021 da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) mostra que 17 países estão integrando dados meteorológicos à vigilância da saúde, focando em doenças e impactos extremos do clima. Isso reflete uma tendência em direção a estratégias de saúde pública mais fortes.
Mais informações: entrar em contato com: Clare Nullis, oficial de mídia da OMM, cnullis@wmo.int ou media@wmo.int, Tel +41-79-7091397.
Veja aqui o relatório na íntegra.
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Notícias
24 agosto 2023
⚠️ Alerta de fraude: ONU Brasil reforça aviso sobre contatos falsos usando o nome da Organização
A ONU Brasil reforçou nesta terça-feira (9) o alerta sobre o uso do nome da Organização por fraudadores e estelionatários.
O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) recebeu, no decorrer do ano passado, uma média de 45 consultas por semana sobre e-mails falsos ou contatos em redes sociais solicitando dados pessoais e bancários ou recursos financeiros. Em 2023, foram mais de 2000 pedidos de informação.
Alguns dos principais tipos de golpes e fraudes incluem:
Golpe das férias: Por meio de mensagens, pessoas se identificam como servidores de um Estado-membro atuando em Forças de Paz e pedem dinheiro para ter direito a férias. A ONU esclarece que as solicitações de férias são feitas eletronicamente e sem custos para os seus funcionários.
Golpe do noivo: Estelionatários entram em contato com as vítimas pelas redes sociais e/ou e-mail se apresentando como funcionários da ONU em países em situações de conflito armado, tragédia humanitária e/ou desastres naturais. Os fraudadores solicitam dados bancários, transferências bancárias ou via Pix para poder viajar e encontrar suas noivas/noivos no Brasil. Infelizmente, a incidência deste golpe tem crescido significativamente.
Golpe do prêmio: Há também quem se identifique como funcionário da ONU pedindo dados pessoais para liberação de um suposto prêmio em dinheiro.
Golpe do embaixador: Fraudadores se identificam como embaixadores ou apoiadores de alto nível da ONU, e utilizam tal denominação para solicitar dados pessoais e/ou bancários para eventual cadastro e/ou premiações. A ONU esclarece que seus Embaixadores da Boa Vontade não estabelecem contato pelas redes sociais. Verifique, por favor, a lista de Embaixadores da ONU nesta página.
Golpe da casa: Chamamos também a atenção para golpes que se referem à construção de casas ou outras benfeitorias por entidades ligadas às Nações Unidas. Verifique, por favor, a lista de Agências Especializadas, Fundos e Programas na ONU que operam no Brasil, e entre em contato diretamente com a entidade mencionada em qualquer mensagem referente a eventuais projetos em sua cidade, comunidade ou bairro: https://brasil.un.org/pt-br/about/un-entities-in-country.
Orientações da ONU:
A ONU recomenda que os destinatários de mensagens fraudulentas ou suspeitas ajam com extrema cautela e não respondam a pedidos de transferências de dinheiro, em qualquer moeda, nem forneçam informações pessoais. Transferências de fundos ou fornecimento de informações pessoais podem acarretar prejuízos financeiros ou roubos de identidade.
As Nações Unidas informam que prêmios, recursos, certificados ou bolsas acadêmicas não são oferecidos pela internet ou por telefone. A Organização alerta também que nunca pede informações sobre contas bancárias ou dados pessoais de indivíduos.
Em caso de suspeita de contato fraudulento:
A ONU recomenda que as pessoas não respondam quaisquer contatos suspeitos, via e-mail ou redes sociais, e tomem as seguintes medidas:
Classifiquem a mensagem eletrônica como 'spam'.
Nas redes sociais, denunciem o usuário seguindo as regras de cada plataforma digital.
As vítimas são orientadas a denunciar o incidente em qualquer Delegacia de Polícia ou nas Delegacias de Repressão aos Crimes de Informática, ou fazer um Boletim de Ocorrência online, se o serviço estiver disponível em seu estado.
Qualquer pessoa com dúvidas sobre a autenticidade de uma mensagem ou telefonema em nome das Nações Unidas pode enviar um e-mail solicitando esclarecimentos, por meio do “Fale Conosco” da Organização: faleconosco@onu.org.br.
Sobre o uso do emblema das Nações Unidas:
Iniciativas fraudulentas frequentemente usam a logomarca da ONU para se beneficiar indevidamente. Uma resolução da Assembleia Geral datada de 7 de dezembro de 1946 determina que o nome e o emblema das Nações Unidas não poderão ser usados sem a devida autorização do secretário-geral.
Contato para imprensa:
Ana Rosa Reis, UNIC Rio: contato@onu.org.br
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História
06 maio 2024
“Nunca é tarde para estudar"
“Me afastei da escola por conta de ataques racistas e transfóbicos que recebia. A escola é um lugar em que ainda me sinto desconfortável, mas eu sei que eu preciso estar ali dentro, nunca é tarde para estudar", diz Patty Oliver, 21 anos, baiana que hoje reside em Vila Velha, Espírito Santo. Ela passa grande parte do seu dia no Centro de Referência das Juventudes (CRJ), que apoia adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade. Foi lá que a equipe da Busca Ativa Escolar identificou que Patty estava fora da escola e que precisava do apoio de toda a rede de proteção, formada, entre outros, pelas áreas de educação, saúde e assistência social, para que ela retornasse à sala de aula.Atualmente, Patty cursa a segunda etapa da Educação de Jovens e Adultos (EJA) na EEEM Mário Gurgel, em Vila Velha, e o retorno à escola foi marcado por diversos desafios. "Quando a Patty chegou ao CRJ, há um ano e oito meses, percebemos que ela tinha muitos dos seus direitos violados. Ela estava sem documentação, não frequentava a escola e não tinha endereço fixo. Então, articulamos com a rede para que ela pudesse ser atendida na saúde, na assistência social, na educação e que pudesse adquirir a documentação e ter seus direitos garantidos", diz Vanessa Pinto Vieira, assistente social do Centro de Referência das Juventudes (CRJ) Terra Vermelha.Para garantir que Patty estivesse na escola e apreendendo, a assistente social acionou Alda Dias, agente de integração, que atua como agente comunitária da Busca Ativa Escolar. “Quando soube que Patty estava fora da escola, logo identifiquei um momento de pré-matrícula e trabalhei em um processo de sensibilização com ela, sobre a importância de estar na escola, e acionei a diretora da escola”, conta a agente.“Entendi a importância da escola por meio das conversas com a agente da Busca Ativa. Ela falava que a escola me ajudaria a ter o futuro que eu desejo. Entendi que, se eu não tiver educação, aprendizado, eu não vou conseguir mudar a minha história e a história de outras pessoas", diz Patty. “Quando a agente da Busca Ativa Escolar me acionou para a pré-matrícula de Patty, a chamei na escola para conversar e muitas lágrimas caíram, porque ela tinha o desejo de estudar, mas não sabia como retornar para um lugar em que ela se sentia mal devido ao bullying que sofria. Ela tinha medo. Então, em paralelo, fizemos um trabalho de conscientização com os alunos sobre questões como bullying e violência e com isso conseguimos trazer a Patty para o seio da escola”, diz Elisangela Vieira Bento de Souza, pedagoga da EEEM Mário Gurgel.“Só eu sei o que já escutei, ainda mais por ser uma mulher trans, preta e periférica e por ter uma estética que não está dentro dos padrões que a sociedade quer. Estar na escola, lutando frente a esses ataques e saber que eu tenho uma direção para mim é muito importante”, relata Patty.
Trabalho em redeA Busca Ativa Escolar é uma estratégia desenvolvida por UNICEF e Undime para apoiar os governos na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão. Para que ela seja efetivamente implementada, é fundamental compreender os motivos que levam à exclusão escolar, caso a caso, de modo que sua abrangência não se restrinja apenas à garantia do acesso e permanência na escola, mas à articulação de políticas públicas integradas que possam enfrentar os motivos que levam à exclusão escolar.
Em Vila Velha, no Espírito Santo, a Busca Ativa Escolar acontece de forma colaborativa entre Estado, municípios, Secretaria de Educação, Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria de Saúde e demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos, para que mais meninas e meninos estejam na escola, aprendendo.“O caso da Patty nos mostra a importância da intersetorialidade, foi por meio da relação da secretaria de educação, secretaria de direitos humanos e do comitê intersetorial que nós a identificamos fora da escola e a inserimos e a rematriculamos na sala de aula. Se não tivéssemos essa proximidade, provavelmente Patty não teria voltado para a escola”, diz Rosangela Vargas, coordenadora operacional master da Busca Ativa Escolar e gerente da Gerência de Políticas de Apoio à Permanência e Busca Ativa Escolar.Essa intersetorialidade foi fundamental para assegurar os direitos da Patty. “A rede foi como uma escada de superação, eles me ajudaram a superar vários preconceitos e desafios. Por meio do apoio deles, entendi que a educação é extremamente importante, entendi que eu tenho direitos, por exemplo, direito de usar um nome social com o qual eu me sinta confortável", conta Patty. Patty é otimista quanto ao futuro. “Meu antes e depois na escola foi uma mudança completa. Antes, eu não tinha uma área abrangente de conhecimento, hoje eu tenho. Nunca é tarde para você alcançar o que almeja, não existe um padrão de idade para você ter conhecimento. Meu sonho é ser uma multiartista, ter meus clipes, livros e filmes lançados, ser reconhecida nacionalmente", finaliza Patty com brilho nos olhos. Sobre a Busca Ativa Escolar
A Busca Ativa Escolar é uma estratégia composta por uma metodologia social e uma plataforma tecnológica disponibilizada gratuitamente para estados e municípios. A metodologia apoia para identificar crianças e adolescentes fora da escola ou em risco de abandono, os motivos que os levaram a essa situação, seu atendimento pelos serviços da rede de proteção e sua (re)matrícula e permanência na escola. A plataforma apoia para o registro dos dados de cada caso que está sendo acompanhado, para facilitar o diálogo intersetorial e para o monitoramento e a avaliação de dados e de evidências, ajudando na melhor tomada de decisões por parte da gestão pública.A Busca Ativa Escolar é uma iniciativa do UNICEF e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com apoio do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). No Espírito Santo, todos os 78 municípios fizeram a adesão à estratégia, bem como o estado readeriu, em julho de 2023. Juntos, estado e municípios atuam para identificar rematricular crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de abandoná-la. Para a inciativa, o UNICEF conta com a parceria estratégica da EDP.
Trabalho em redeA Busca Ativa Escolar é uma estratégia desenvolvida por UNICEF e Undime para apoiar os governos na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão. Para que ela seja efetivamente implementada, é fundamental compreender os motivos que levam à exclusão escolar, caso a caso, de modo que sua abrangência não se restrinja apenas à garantia do acesso e permanência na escola, mas à articulação de políticas públicas integradas que possam enfrentar os motivos que levam à exclusão escolar.
Em Vila Velha, no Espírito Santo, a Busca Ativa Escolar acontece de forma colaborativa entre Estado, municípios, Secretaria de Educação, Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria de Saúde e demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos, para que mais meninas e meninos estejam na escola, aprendendo.“O caso da Patty nos mostra a importância da intersetorialidade, foi por meio da relação da secretaria de educação, secretaria de direitos humanos e do comitê intersetorial que nós a identificamos fora da escola e a inserimos e a rematriculamos na sala de aula. Se não tivéssemos essa proximidade, provavelmente Patty não teria voltado para a escola”, diz Rosangela Vargas, coordenadora operacional master da Busca Ativa Escolar e gerente da Gerência de Políticas de Apoio à Permanência e Busca Ativa Escolar.Essa intersetorialidade foi fundamental para assegurar os direitos da Patty. “A rede foi como uma escada de superação, eles me ajudaram a superar vários preconceitos e desafios. Por meio do apoio deles, entendi que a educação é extremamente importante, entendi que eu tenho direitos, por exemplo, direito de usar um nome social com o qual eu me sinta confortável", conta Patty. Patty é otimista quanto ao futuro. “Meu antes e depois na escola foi uma mudança completa. Antes, eu não tinha uma área abrangente de conhecimento, hoje eu tenho. Nunca é tarde para você alcançar o que almeja, não existe um padrão de idade para você ter conhecimento. Meu sonho é ser uma multiartista, ter meus clipes, livros e filmes lançados, ser reconhecida nacionalmente", finaliza Patty com brilho nos olhos. Sobre a Busca Ativa Escolar
A Busca Ativa Escolar é uma estratégia composta por uma metodologia social e uma plataforma tecnológica disponibilizada gratuitamente para estados e municípios. A metodologia apoia para identificar crianças e adolescentes fora da escola ou em risco de abandono, os motivos que os levaram a essa situação, seu atendimento pelos serviços da rede de proteção e sua (re)matrícula e permanência na escola. A plataforma apoia para o registro dos dados de cada caso que está sendo acompanhado, para facilitar o diálogo intersetorial e para o monitoramento e a avaliação de dados e de evidências, ajudando na melhor tomada de decisões por parte da gestão pública.A Busca Ativa Escolar é uma iniciativa do UNICEF e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com apoio do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). No Espírito Santo, todos os 78 municípios fizeram a adesão à estratégia, bem como o estado readeriu, em julho de 2023. Juntos, estado e municípios atuam para identificar rematricular crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de abandoná-la. Para a inciativa, o UNICEF conta com a parceria estratégica da EDP.
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História
02 maio 2024
"A febre dura um dia – já a imunização, a vida toda"
São oito horas da manhã em Pacaraima, pequena cidade do estado de Roraima que faz fronteira com a Venezuela. Uma caixa de som anuncia que a equipe da sala de vacina já começou os preparativos para imunizar refugiados e migrantes que entram no País. É nessa hora que Angélica Morales, técnica de enfermagem, chega ao local de trabalho.“O trabalho começa antes do público chegar. Arrumamos as caixas, organizamos os termômetros e verificamos os lotes e validades das vacinas. Sempre deixamos tudo pronto antes da sala de vacina abrir. Atendemos em torno de 400 pessoas todos os dias”.Todos os dias, centenas de venezuelanos cruzam a fronteira brasileira passando por Pacaraima, entre eles crianças e adolescentes com atraso no esquema de imunização.
“Temos dois grandes compromissos de saúde para com as crianças que chegam ao Brasil: verificação da situação nutricional e complemento dos esquemas vacinais, garantindo o cuidado inicial que todas merecem. O UNICEF apoia o Governo do Brasil frente à emergência do fluxo migratório e os municípios no fortalecimento de suas estruturas para que abranjam este grupo populacional com atenção primária a saúde de maneira integral”, destaca a Oficial de Saúde e Nutrição do UNICEF, Paula Buck.
As ações são implementadas em parceria com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) no âmbito da Operação Acolhida, a resposta humanitária liderada pelo Governo Federal. O objetivo é garantir o direito à saúde das crianças que entram, mas também daquelas que vivem no Brasil, evitando o retorno de doenças que podem ser prevenidas por vacina.Na sala de espera, diversas famílias começam a chegar e formar fila para aguardar o atendimento. Em um canto está a família Suárez, que conversa baixinho. A mãe, Laura Suárez, e o pai, Edgardo Urbano, tranquilizam os filhos Alan, de nove anos, e Carlos, de 14, ambos com síndrome de Down, sobre o que está prestes a acontecer.
Depois de uma longa viagem de ônibus, haviam acabado de chegar ao Brasil quando foram encaminhados para a sala de vacina – etapa essencial para a regularização no país. Laura conta que a viagem havia sido tranquila e que o processo na fronteira também estava. Em um momento, os pais decidem compartilhar uma preocupação: o medo dos meninos não se adaptarem ao Brasil.
“Por conta da síndrome de Down, meus meninos têm um desenvolvimento mais lento do que de outros meninos da sua idade. Minha esperança nesse novo país é que eles possam aprender, ter uma vida melhor e que sejam independentes de todas as formas possíveis. Decidimos vir ao Brasil para tentar dar uma vida melhor e de qualidade para nossos filhos. Essa é a nossa prioridade”, compartilhou Laura.
Dentro da sala de vacina, tudo está pronto para atender a população. Após a primeira família, que é vacinada e logo liberada, chega a vez da família Suarez. A técnica em enfermagem Angélica, que é ela própria venezuelana, recebe todos com um sorriso no rosto: conversa com as crianças, adolescentes, adultos e idosos que aguardam na sala para vacinar.“Eu me sinto bem em poder atender o meu povo na sua língua materna. Explico o que vai ser feito, onde vou tocar e o porquê daquelas vacinas. Eu quero que eles se sintam bem e tranquilos nesse recomeço”, complementa Angélica.Quando chega a vez de Alan e Carlos serem atendidos, Angélica cumprimenta os pais e já inicia a conversa diretamente com as crianças. Carlos, que é o irmão mais velho, se voluntaria para ser o primeiro. Faz cara feia, mas mostra coragem para incentivar o irmão mais novo a não ter medo. Ao todo, ele toma cinco vacinas e, apesar de a última ter sido a mais dolorida, não deixou que isso o abalasse.
“A vacina será boa para minha saúde. Mesmo que doa, sou forte”, completa.
Na vez do irmão mais novo, mesmo com o esforço de Carlos, Alan continua com medo. Angélica o acolhe, e permite que fique abraçado com a mãe no momento da vacina. “Quando converso com as crianças, elas se sentem mais seguras. Tento tranquilizá-las, mostro como a agulha é pequena e falo ‘olha como a agulha é pequenininha, não vai doer’, e sempre começo com a tríplice viral (que previne sarampo, caxumba e rubéola), que é a vacina que não dói”, explica Angélica.Como grande parte de refugiados e migrantes que entram no país não receberam todas as vacinas indicadas no calendário de vacinação brasileiro ou estão em atraso, o UNICEF, em parceria com a ADRA, monitora o seu status de vacinação também em abrigos de Roraima. Por meio dos monitores de saúde, foram realizadas em 2023 mais de 43 mil avaliações de cadernetas de vacinação, com 6.465 crianças menores de cinco anos sendo vacinadas. Além disso, o UNICEF apoia as secretarias municipais de saúde de Boa Vista e Pacaraima no projeto de implementação de campanhas de vacinação, colaborando com a equipe de vacinação itinerante.
Já na sala de vacinação, os pais dos meninos também se vacinam e o atendimento dura poucos minutos. A família, que acabara de atualizar o seu esquema vacinal, poderia seguir para conseguir a sua documentação e liberação para permanecer no país.“Estou muito feliz que todos os profissionais aqui no posto de vacinação foram tão amáveis com minha família, pelo carinho com meus filhos”, destacam os pais Laura e Edgard.A família seguiu em frente à sua nova vida, mas na sala de vacinação o dia estava apenas começando. Desde 2022, a profissional conta que já atendeu mais famílias do que poderia se lembrar.
“Eu não sou nem ‘a quarta parte’ de quem eu era antes. Eu amadureci, aprendi a importância da vacina e me tornei uma multiplicadora dessa importância. Todos os dias, centenas de pessoas cruzam a fronteira procurando uma vida melhor e acredito que a melhor maneira de iniciar essa vida é se imunizando e protegendo sua família e a comunidade. O Sistema Único de Saúde oferta todas as vacinas que uma criança e um adulto precisam. Em outros lugares não temos essa possibilidade, não de maneira gratuita. Existe essa facilidade de acesso a algo que protege a todos pelo resto da vida sem pagar nada por isso. A febre dura um dia – já a imunização, a vida toda”, finaliza a profissional.
Este trabalho, que compõe a resposta ao fluxo migratório da Venezuela em Roraima, é possível graças ao apoio estratégico do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês) e do Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: Vacinas | UNICEF Brasil
“Temos dois grandes compromissos de saúde para com as crianças que chegam ao Brasil: verificação da situação nutricional e complemento dos esquemas vacinais, garantindo o cuidado inicial que todas merecem. O UNICEF apoia o Governo do Brasil frente à emergência do fluxo migratório e os municípios no fortalecimento de suas estruturas para que abranjam este grupo populacional com atenção primária a saúde de maneira integral”, destaca a Oficial de Saúde e Nutrição do UNICEF, Paula Buck.
As ações são implementadas em parceria com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) no âmbito da Operação Acolhida, a resposta humanitária liderada pelo Governo Federal. O objetivo é garantir o direito à saúde das crianças que entram, mas também daquelas que vivem no Brasil, evitando o retorno de doenças que podem ser prevenidas por vacina.Na sala de espera, diversas famílias começam a chegar e formar fila para aguardar o atendimento. Em um canto está a família Suárez, que conversa baixinho. A mãe, Laura Suárez, e o pai, Edgardo Urbano, tranquilizam os filhos Alan, de nove anos, e Carlos, de 14, ambos com síndrome de Down, sobre o que está prestes a acontecer.
Depois de uma longa viagem de ônibus, haviam acabado de chegar ao Brasil quando foram encaminhados para a sala de vacina – etapa essencial para a regularização no país. Laura conta que a viagem havia sido tranquila e que o processo na fronteira também estava. Em um momento, os pais decidem compartilhar uma preocupação: o medo dos meninos não se adaptarem ao Brasil.
“Por conta da síndrome de Down, meus meninos têm um desenvolvimento mais lento do que de outros meninos da sua idade. Minha esperança nesse novo país é que eles possam aprender, ter uma vida melhor e que sejam independentes de todas as formas possíveis. Decidimos vir ao Brasil para tentar dar uma vida melhor e de qualidade para nossos filhos. Essa é a nossa prioridade”, compartilhou Laura.
Dentro da sala de vacina, tudo está pronto para atender a população. Após a primeira família, que é vacinada e logo liberada, chega a vez da família Suarez. A técnica em enfermagem Angélica, que é ela própria venezuelana, recebe todos com um sorriso no rosto: conversa com as crianças, adolescentes, adultos e idosos que aguardam na sala para vacinar.“Eu me sinto bem em poder atender o meu povo na sua língua materna. Explico o que vai ser feito, onde vou tocar e o porquê daquelas vacinas. Eu quero que eles se sintam bem e tranquilos nesse recomeço”, complementa Angélica.Quando chega a vez de Alan e Carlos serem atendidos, Angélica cumprimenta os pais e já inicia a conversa diretamente com as crianças. Carlos, que é o irmão mais velho, se voluntaria para ser o primeiro. Faz cara feia, mas mostra coragem para incentivar o irmão mais novo a não ter medo. Ao todo, ele toma cinco vacinas e, apesar de a última ter sido a mais dolorida, não deixou que isso o abalasse.
“A vacina será boa para minha saúde. Mesmo que doa, sou forte”, completa.
Na vez do irmão mais novo, mesmo com o esforço de Carlos, Alan continua com medo. Angélica o acolhe, e permite que fique abraçado com a mãe no momento da vacina. “Quando converso com as crianças, elas se sentem mais seguras. Tento tranquilizá-las, mostro como a agulha é pequena e falo ‘olha como a agulha é pequenininha, não vai doer’, e sempre começo com a tríplice viral (que previne sarampo, caxumba e rubéola), que é a vacina que não dói”, explica Angélica.Como grande parte de refugiados e migrantes que entram no país não receberam todas as vacinas indicadas no calendário de vacinação brasileiro ou estão em atraso, o UNICEF, em parceria com a ADRA, monitora o seu status de vacinação também em abrigos de Roraima. Por meio dos monitores de saúde, foram realizadas em 2023 mais de 43 mil avaliações de cadernetas de vacinação, com 6.465 crianças menores de cinco anos sendo vacinadas. Além disso, o UNICEF apoia as secretarias municipais de saúde de Boa Vista e Pacaraima no projeto de implementação de campanhas de vacinação, colaborando com a equipe de vacinação itinerante.
Já na sala de vacinação, os pais dos meninos também se vacinam e o atendimento dura poucos minutos. A família, que acabara de atualizar o seu esquema vacinal, poderia seguir para conseguir a sua documentação e liberação para permanecer no país.“Estou muito feliz que todos os profissionais aqui no posto de vacinação foram tão amáveis com minha família, pelo carinho com meus filhos”, destacam os pais Laura e Edgard.A família seguiu em frente à sua nova vida, mas na sala de vacinação o dia estava apenas começando. Desde 2022, a profissional conta que já atendeu mais famílias do que poderia se lembrar.
“Eu não sou nem ‘a quarta parte’ de quem eu era antes. Eu amadureci, aprendi a importância da vacina e me tornei uma multiplicadora dessa importância. Todos os dias, centenas de pessoas cruzam a fronteira procurando uma vida melhor e acredito que a melhor maneira de iniciar essa vida é se imunizando e protegendo sua família e a comunidade. O Sistema Único de Saúde oferta todas as vacinas que uma criança e um adulto precisam. Em outros lugares não temos essa possibilidade, não de maneira gratuita. Existe essa facilidade de acesso a algo que protege a todos pelo resto da vida sem pagar nada por isso. A febre dura um dia – já a imunização, a vida toda”, finaliza a profissional.
Este trabalho, que compõe a resposta ao fluxo migratório da Venezuela em Roraima, é possível graças ao apoio estratégico do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês) e do Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: Vacinas | UNICEF Brasil
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História
29 abril 2024
O primeiro dia de Angélica na escola brasileira
Angélica chegou ao abrigo em junho, e apenas em dezembro conseguiu organizar a sua documentação no Brasil e perdeu o ano escolar. Agora, ela está em uma turma de correção de fluxo escolar, com outros adolescentes que apresentam a chamada distorção idade-série, iniciando uma nova trajetória de sucesso educacional.O sinal que alerta os estudantes que a aula vai começar soa. São 13h30, e crianças e adolescentes caminham para a sala de aula. Aqui, a conversa nos corredores soa diferente. A mistura dos dialetos em português, espanhol e um “portunhol” arriscado fazem parte do clima escolar da 13 de Setembro, escola estadual da zona sul de Boa Vista, capital de Roraima, estado brasileiro que recebe o fluxo migratório venezuelano.
É neste cenário que Angélica Girón, de 15 anos, entra pela primeira vez em uma escola depois de nove meses de sua chegada ao Brasil, “É diferente porque os professores falam português, e grande parte dos alunos fala espanhol. Mas se preocupam se estou entendendo ou não, então falam devagar”, conta.
Angélica é a segunda filha de oito irmãos e, apesar de todos os irmãos migrarem ao Brasil junto à mãe, ela confessa que mudar de país não estava entre os seus planos. Ela havia ficado na Venezuela e morou com a avó, mas a saudade apertou e a menina veio a Roraima. Na fronteira, sua mãe a esperava para levá-la a Boa Vista, capital do estado e onde fica o Rondon 1, o maior abrigo da América Latina e agora lar da família.
Angélica é uma figura conhecida no abrigo humanitário em que vive. Extrovertida, brincalhona e tagarela, virou amiga dos professores e monitores do Súper Panas, espaço amigável à infância que o UNICEF e parceiros mantêm nos abrigos. Os espaços, além de oferecer atividades educativas e de apoio psicossocial, também implementam a Busca Ativa Escolar, estratégia desenvolvida pelo UNICEF que apoia os governos na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão e que em 2023, em Roraima, ajudou a identificar e matricular 2.300 crianças e adolescentes migrantes que moram nos abrigos da Operação Acolhida e que estavam fora da escola.
Foi no Súper Panas que Angélica e sua mãe, Reina Villanueva, de 35 anos, receberam informações sobre como funciona a educação no país, quais documentos levar e quais eram as escolas mais próximas de onde vivem.“Fizemos cópias dos documentos necessários, recebemos orientação e fomos até a Escola 13 de Setembro, que é onde eu estudo hoje. Fomos recebidos muito bem, consegui me inscrever e, na semana seguinte, já estava indo para a escola”, diz a adolescente, entusiasmada.Angélica conta que chegou ao abrigo em junho, e apenas em dezembro conseguiu organizar a sua documentação no Brasil e por isso perdeu o ano escolar. Mas quando soube, em janeiro de 2024, através de um dos monitores do Súper Panas, que as matrículas para o novo ano estavam abertas, ela e sua mãe tomaram a iniciativa de retomar os estudos. Agora, ela está em uma turma de correção de fluxo escolar, com outros adolescentes que apresentam a chamada distorção idade-série, iniciando uma nova trajetória de sucesso educacional.
A mãe de Angélica se emociona ao falar da educação da filha. Ela destaca que a vinda ao Brasil teve como finalidade principal garantir que seus filhos tivessem o direito de ir à escola:“Tomamos a decisão de migrar para que eles tenham um futuro. Todos os meus filhos estão indo para a escola aqui no Brasil, e eu não poderia estar mais feliz. Ela chega à noite e conta sobre sua tarde, como está se adaptando na escola e como está gostando dos professores”. Estas iniciativas são possíveis com o apoio financeiro do Governo dos Estados Unidos e da União Europeia, por meio do Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês) e do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: https://buscaativaescolar.org.br/
É neste cenário que Angélica Girón, de 15 anos, entra pela primeira vez em uma escola depois de nove meses de sua chegada ao Brasil, “É diferente porque os professores falam português, e grande parte dos alunos fala espanhol. Mas se preocupam se estou entendendo ou não, então falam devagar”, conta.
Angélica é a segunda filha de oito irmãos e, apesar de todos os irmãos migrarem ao Brasil junto à mãe, ela confessa que mudar de país não estava entre os seus planos. Ela havia ficado na Venezuela e morou com a avó, mas a saudade apertou e a menina veio a Roraima. Na fronteira, sua mãe a esperava para levá-la a Boa Vista, capital do estado e onde fica o Rondon 1, o maior abrigo da América Latina e agora lar da família.
Angélica é uma figura conhecida no abrigo humanitário em que vive. Extrovertida, brincalhona e tagarela, virou amiga dos professores e monitores do Súper Panas, espaço amigável à infância que o UNICEF e parceiros mantêm nos abrigos. Os espaços, além de oferecer atividades educativas e de apoio psicossocial, também implementam a Busca Ativa Escolar, estratégia desenvolvida pelo UNICEF que apoia os governos na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão e que em 2023, em Roraima, ajudou a identificar e matricular 2.300 crianças e adolescentes migrantes que moram nos abrigos da Operação Acolhida e que estavam fora da escola.
Foi no Súper Panas que Angélica e sua mãe, Reina Villanueva, de 35 anos, receberam informações sobre como funciona a educação no país, quais documentos levar e quais eram as escolas mais próximas de onde vivem.“Fizemos cópias dos documentos necessários, recebemos orientação e fomos até a Escola 13 de Setembro, que é onde eu estudo hoje. Fomos recebidos muito bem, consegui me inscrever e, na semana seguinte, já estava indo para a escola”, diz a adolescente, entusiasmada.Angélica conta que chegou ao abrigo em junho, e apenas em dezembro conseguiu organizar a sua documentação no Brasil e por isso perdeu o ano escolar. Mas quando soube, em janeiro de 2024, através de um dos monitores do Súper Panas, que as matrículas para o novo ano estavam abertas, ela e sua mãe tomaram a iniciativa de retomar os estudos. Agora, ela está em uma turma de correção de fluxo escolar, com outros adolescentes que apresentam a chamada distorção idade-série, iniciando uma nova trajetória de sucesso educacional.
A mãe de Angélica se emociona ao falar da educação da filha. Ela destaca que a vinda ao Brasil teve como finalidade principal garantir que seus filhos tivessem o direito de ir à escola:“Tomamos a decisão de migrar para que eles tenham um futuro. Todos os meus filhos estão indo para a escola aqui no Brasil, e eu não poderia estar mais feliz. Ela chega à noite e conta sobre sua tarde, como está se adaptando na escola e como está gostando dos professores”. Estas iniciativas são possíveis com o apoio financeiro do Governo dos Estados Unidos e da União Europeia, por meio do Escritório para População, Refugiados e Migração do Departamento de Estado dos Estados Unidos (PRM, na sigla em inglês) e do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária da União Europeia (ECHO, na sigla em inglês).Para saber mais, siga @unicefbrasil nas redes e visite a página: https://buscaativaescolar.org.br/
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História
26 abril 2024
No Tocantins, comunidade aprende sobre o caju e ganha novas perspectivas de trabalho e renda
Maria Aparecida vive há dois no Assentamento Remansão, em Nova Olinda, no Tocantins.Ela e outros 39 vizinhos participaram de um projeto que buscou apoiar o plantio e o manejo do caju no assentamento, com o objetivo de ampliar a renda e reduzir as vulnerabilidades econômicas na região. As atividades incluíram uma capacitação sobre o manejo, oficinas sobre o papel da mulher e dos jovens nos processos produtivos, além da aquisição e plantio de 15.000 mudas de cajuMaria Aparecida teve participação ativa em todas as atividades, demonstrando entusiasmo em aprender novas técnicas:“O que eu mais gostei foi saber sobre a enxertia [que permite a união de duas plantas diferentes]. Incrível como uma planta dá vida à outra, é uma coisa de Deus”. "Eu amei tudo, porque é um aprendizado na nossa vida", resumiu, acrescentando estar sempre aberta a novos conhecimentos e referindo-se a si mesma como "Maria Desafio", por sua disposição em enfrentar e superar obstáculos.A iniciativa em Nova Olinda foi implementada pelo UNOPS, organismo das Nações Unidas especializado em gestão de projetos, com recursos oriundos da fiscalização da legislação trabalhista pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). As oficinas e capacitações ficaram a cargo da Comissão Pastoral da Terra (CPT), que tem atuação no território. O Assentamento Remansão foi criado em setembro de 2001, por meio de portaria do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), para assentar 157 famílias. "A comunidade do Remansão, embora tenha recebido a terra, não teve incentivo para trabalhar nela e garantir sua permanência no local. Por isso, foi selecionada para participar do projeto”, explica a procuradora do Trabalho Cecília Amália Cunha Santos, que atua no município de Araguaína, em Tocantins, e foi responsável pela destinação dos recursos ao projeto. “O impacto das atividades será significativo, pois eles poderão se beneficiar de uma maior produção de castanha e de um estímulo à produção coletiva, garantindo sua sustentabilidade e permanência no território." PotencialO líder comunitário Cícero Rodrigues também participou das atividades e destacou o potencial econômico do aprendizado: “Ninguém aqui sabia a forma correta de plantar [o caju]. O impacto dessas oficinas é que atraímos mais olhares e trouxemos mais esperança para as famílias, que agora passaram a trabalhar em mutirões”. O caju produzido no assentamento pode ser usado para a fabricação e/ou comercialização de uma série de produtos, como polpa, sucos, refrigerantes, cajuína, cerveja, cachaça, além da castanha em seus diversos formatos (desidratada, frita, caramelizada, em pó, etc.).Ao longo da parceria, foram realizadas quatro oficinas com as famílias-alvo, abordando cajucultura, manejo de mudas, plantio, adubação, doenças e tratamentos, além de workshops sobre organização comunitária e o papel das mulheres na produção. As atividades foram planejadas de forma participativa, com dinâmicas populares para facilitar a compreensão dos temas. “O conjunto dessas ações, que vão da formação ao plantio das mudas, impacta positivamente a comunidade, pois as famílias podem e devem replicar esse conhecimento e seus resultados práticos”, aponta Evandro Rodrigues dos Anjos, que acompanhou os trabalhos pela Comissão Pastoral da Terra. “O próprio município é impactado, porque há aumento da autonomia financeira das famílias e mais renda na região”.Para a procuradora Cecília, há também ganhos do ponto de vista do acesso a direitos:"O fortalecimento da comunidade previne o aliciamento ao trabalho escravo, que é o objetivo principal da ação: capacitar a comunidade para que seus membros não estejam sujeitos a formas precarizadas de trabalho, permitindo que vivam de maneira sustentável e digna em seu território."
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História
23 abril 2024
"Ela não sabia pegar no lápis, e hoje, já sabe ler e escrever"
A iniciativa identifica crianças e adolescentes fora da escola ou em risco de abandono, os motivos que os levaram a essa situação, e encaminha para os serviços da rede de proteção e (re)matrícula e permanência na escola.Durante os 22 anos de trabalho como professora, Adriana Santana testemunhou muitas histórias de estudantes, mas a jornada de alfabetização de Julia Batista ainda a emociona. “Há 1 ano ela não sabia nem pegar no lápis”, conta Adriana. Aos 6 anos, a menina nunca tinha frequentado a escola. Foi somente durante uma ação do Dia D da Busca Ativa Escolar (BAE), realizada pela Secretaria Municipal de Educação, do município de Rio Real (BA), que a história dela com a escola teve início. Os agentes comunitários da BAE foram de porta em porta na cidade em busca de crianças e adolescentes que estivessem fora da escola. "Por eu já ser da região, eu já conhecia algumas pessoas lá. Uma delas nos abordou e falou: por que vocês não vão na casa de Raimunda? Tem três crianças lá que nunca foram para a escola", lembra a professora Adriana. As crianças eram Julia Batista e os irmãos mais novos, Isabele Vitória e Arthur Batista, que na época tinham 3 e 1 ano, respectivamente. “Conversei com a mãe para entender por que Julia não ia para a escola. Durante a conversa, a mãe compartilhou comigo sobre a situação de saúde que ela estava passando e que por isso não conseguia levar a criança para a escola”, conta a professora Adriana, uma das agentes comunitárias participantes da equipe da Busca Ativa Escolar. Após tomar conhecimento da situação de saúde de Raimunda dos Santos, mãe de Julia, a Secretaria de Educação identificou que a família também necessitava de outros serviços da rede de proteção, então acionou o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), o Conselho Tutelar e a Secretaria Municipal de Saúde. Depois dos encaminhamentos feitos pela equipe da Busca Ativa Escolar do município, Raimunda iniciou o tratamento e Júlia começou a frequentar a escola. “Júlia não estudava muito pelo problema de saúde da minha mãe. Era difícil, ou ela viajava para se tratar ou levava para a escola”, conta Renilde Batista dos Santos, de 18 anos, irmã mais velha de Júlia. Com ajuda da família e amigos para ir até a escola, Julia iniciou na turma do 1º ano do Ensino Fundamental na Escola Laísa de Souza Guimarães e os irmãos Isabele e Arthur foram para a creche do município. “Para ela tudo era novo e diferente. Ela já entrou na escola na série para a idade dela, e aprendeu a ler e escrever no mesmo ano”, diz Adriana, cheia de orgulho da estudante. “Eu fui professora dela nesse primeiro ano, em sala de aula ela era uma criança que estava sempre atenta, ela queria muito aprender”. Com apoio da irmã, hoje Júlia faz as tarefas de casa e tem se desenvolvido cada vez mais na escola. “Começar a escola foi muito importante. É algo para o futuro dela”, conclui Renilde. Sobre a Busca Ativa Escolar A Busca Ativa Escolar é uma estratégia composta por uma metodologia social e uma plataforma tecnológica disponibilizada gratuitamente para estados e municípios. A metodologia apoia para identificar crianças e adolescentes fora da escola ou em risco de abandono, os motivos que os levaram a essa situação, seu atendimento pelos serviços da rede de proteção e sua (re)matrícula e permanência na escola. A plataforma apoia para o registro dos dados de cada caso que está sendo acompanhado, para facilitar o diálogo intersetorial e para o monitoramento e a avaliação de dados e de evidências, ajudando na melhor tomada de decisões por parte da gestão pública. A Busca Ativa Escolar é uma iniciativa do UNICEF e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com apoio do Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems). Para a Busca Ativa Escolar, o UNICEF conta com o parceiro Bracell. Para saber mais, siga @unicebrasil nas redes e visite a página: https://www.unicef.org/brazil/busca-ativa-escolar
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Notícias
16 maio 2024
Projeto fortalecerá a resiliência climática de mais de 250 mil pessoas no Ceará
O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) das Nações Unidas, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Governo do Estado do Ceará apresentaram nesta quarta-feira (15) em Fortaleza um projeto que fortalecerá a resiliência climática de mais de 250 mil pessoas em 72 municípios do Estado do Ceará, com um investimento de 252 milhões de reais (US$ 54 milhões).O Ceará é o primeiro estado a implementar o Sertão Vivo, um projeto que permitirá a gestão sustentável da terra no Nordeste do Brasil, em áreas altamente vulneráveis à mudança climática. Originalmente, o projeto deveria ser implementado em quatro estados, com um investimento de R$ 1 bilhão (US$ 217 milhões), mas o escopo foi ampliado para nove estados e R$ 1,775 bilhão (US$ 386 milhões), chegando a 1,8 milhão de pessoas, priorizando a participação de mulheres, jovens e comunidades tradicionais. O projeto promoverá a criação de sistemas agroflorestais integrados que aumentem a fertilidade do solo e o conteúdo de carbono; e promoverá práticas de coleta, armazenamento e uso de água que sustentem as plantações e a pecuária para resistirem a padrões irregulares de chuva e secas prolongadas. Essas atividades evitarão a emissão de 11 milhões de toneladas métricas de poluição por dióxido de carbono na atmosfera, o que equivale aproximadamente a 339.000 pessoas voando de São Paulo a Manaus, no Brasil.O Sertão Vivo chega em um momento crítico para a segurança alimentar no Brasil. De acordo com a Rede PENSSAN, uma rede acadêmica brasileira, mais da metade da população do país experimentou insegurança alimentar em algum momento de 2022; um número que chegou a 63% entre a população rural. Nas regiões Norte e Nordeste, quatro em cada dez famílias disseram estar preocupadas com o acesso a alimentos em curto prazo e com a qualidade dos alimentos disponíveis. De acordo com a pesquisa, 2,4 milhões de pessoas passam fome no Ceará."A agricultura familiar é essencial para mudar essa realidade, pois produz a maior parte dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros e emprega três quartos da força de trabalho agrícola. É fundamental que apoiemos esses agricultores para fortalecer sua resiliência e produtividade em um ambiente de mudança climática, ao mesmo tempo em que promovemos novas formas de produção sustentável. A agricultura familiar pode e deve desempenhar um papel fundamental na redução da fome e da pobreza no país", disse Rossana Polastri, diretora regional do FIDA para a América Latina e o Caribe.“Com essa suplementação no valor previsto inicialmente, o BNDES reafirma o compromisso com o enfrentamento da crise climática, que tem gerado tragédias cada vez maiores e frequentes. Essa novo montante vai permitir que os benefícios da iniciativa cheguem a todos os estados da região Nordeste, contemplando a preservação dos mais diversos biomas”, explicou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. O financiamento conjunto do FIDA, do Fundo Verde para o Clima (GCF), do BNDES e do próprio estado também construirá ou restaurará infraestruturas de pequena escala, como cisternas, que provaram funcionar bem durante décadas de projetos apoiados pelo FIDA na região Nordeste. Para o FIDA, a iniciativa representa um novo modelo operacional, combinando financiamento em larga escala de diversas fontes com investimentos focados no meio ambiente e na mudança climática como forma de reduzir a pobreza rural.O FIDA vem investindo no Brasil desde 1980 com o objetivo de aumentar a renda dos pequenos agricultores, fortalecer as cooperativas, promover o desenvolvimento de grupos e cultivar novos mercados para a agricultura familiar e produtos sociobiodiversos. Até o momento, 13 projetos foram implementados com um investimento total de US$ 1,18 bilhão, dos quais US$ 297 milhões foram financiados pelo FIDA para apoiar 615.400 famílias.Para saber mais, siga @ifad_org nas redes e visite a página do FIDA (em espanhol ou inglês): https://www.ifad.org/es/ Sobre o FIDAO FIDA é uma instituição financeira internacional e uma agência especializada das Nações Unidas. Com sede em Roma - o centro de alimentos e agricultura das Nações Unidas - o FIDA investe na população rural, capacitando-a a reduzir a pobreza, aumentar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e fortalecer a resiliência. Desde 1978, fornecemos mais de US$ 24 bilhões em doações e empréstimos a juros baixos para financiar projetos em países em desenvolvimento. NOTA PARA EDITORESUma grande variedade de fotografias e conteúdo de vídeo com qualidade de transmissão do trabalho do FIDA em comunidades rurais está disponível para download no Banco de Imagens. Contato para a imprensa:Bruna Ribeiro de Souza, FIDA: b.ribeirodesouza@ifad.org
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Notícias
15 maio 2024
ONU: Número de pessoas deslocadas alcança cifra recorde de 117 milhões
A Agência da ONU para as Migrações, lançou, no último dia 7, o Relatório Mundial sobre Migração de 2024, o qual revela mudanças significativas nos padrões de migração global, incluindo um número recorde de pessoas deslocados e um aumento considerável de remessas internacionais. A diretora-geral da OIM, Amy Pope, realizou o lançamento do relatório em Bangladesh, país que se encontra à frente dos desafios migratórios, incluindo a emigração, a imigração e o deslocamento. “O Relatório Mundial sobre Migração de 2024 ajuda a desmistificar a complexidade da mobilidade humana por meio de análises e dados baseados em evidência”, disse a diretora-geral Pope durante o lançamento. “Em um mundo que enfrenta incertezas, compreender as dinâmicas da migração é essencial para a tomada de decisões informada e respostas políticas efetivas. Nesse aspecto, o Relatório Mundial sobre Migração permite avançar neste entendimento porque lança luz sobre as tendências que se mantém durante muito tempo e aos desafios que aparecem.” O relatório destaca que a migração internacional permanece sendo um impulsionador de desenvolvimento humano e crescimento econômico, demonstrado por um aumento de mais de 650% nas remessas internacionais de 2000 a 2022, que passaram de 128 bilhões para 831 bilhões de dólares. Esse crescimento continuou apesar das previsões de vários analistas de que as remessas iriam ter uma diminuição substancial devido à pandemia da COVID-19. Dos 831 bilhões de dólares em remessas, 647 bilhões foram enviados por migrantes a países de baixa a média renda. Essas remessas podem constituir uma parcela significativa dos PIBs desses países e, mundialmente, superaram o investimento estrangeiro direto nesses países. Destacando as conclusões-chave, o relatório revela que, ainda que a migração internacional continue a impulsionar o desenvolvimento humano, os desafios persistem. Com aproximadamente 281 milhões de migrantes internacionais em todo o mundo, o número de indivíduos deslocados devido a conflitos, violência, desastres e outros motivos aumentou de forma a alcançar os maiores níveis registrados nos últimos tempos, chegando a 117 milhões de pessoas, o que acentua a necessidade de se abordar, o quanto antes, a crise de deslocamento. A migração, uma parte intrínseca da história humana, é comumente ofuscada por narrativas sensacionalistas. Entretanto, a realidade tem muito mais nuances que as manchetes não conseguem capturar. A maior parte da migração é regular, segura e com foco regional, diretamente vinculada a oportunidades e meios de subsistência. Mesmo assim, a desinformação e a politização do tema contagiaram o discurso público e, por isso, é necessária uma descrição clara e precisa das dinâmicas da migração. Ao escolher Daca como local de lançamento do relatório, a OIM não apenas destaca os esforços de Bangladesh em apoiar migrantes vulneráveis e a promover vias seguras para a migração regular, mas também reconhece o importante papel do país na formação das políticas e do discurso sobre migração em todo o mundo. Como integrante do Pacto Global para uma Migração Segura, Ordenada e Regular, Bangladesh tem demonstrado um forte compromisso em abordar as questões migratórias e implementar políticas que protegem os direitos das pessoas migrantes. Essa participação proativa se alinha com os objetivos estratégicos da OIM, o que faz de Bangladesh o local ideal para o lançamento do Relatório Mundial sobre Migração de 2024. Com suas ferramentas digitais e análises compreensivas, o Relatório Mundial sobre Migração tem o objetivo de ajudar a acabar com os mitos, dar perspectivas críticas e inspirar ações significativas para abordar os desafios e oportunidades da mobilidade humana. “Esperamos que o relatório inspire esforços colaborativos para aproveitar o potencial da migração como um impulsionador para o desenvolvimento humano e a prosperidade global”, disse a diretora-geral da OIM. Para acessar o Relatório Mundial sobre Migração de 2024, visite o site interativo (em inglês ou espanhol). Para saber mais, siga @oimbrasil nas redes! Contato para imprensa: Florence Kim, OIM: fkim@iom.int
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Notícias
15 maio 2024
Enhanced Efficiency: UN Brazil Launches Common Back Office (CBO)
🇧🇷 Acesse a versão em português aqui! The operational areas of the United Nations are the means to implement all programs and initiatives in support of Brazil's sustainable development. In a context of growing demands, enhancing the efficiency of operations is essential to expanding the reach and sustainability of these actions.On 13 May, the United Nations System in Brazil launched its new and expanded Common Back Office (CBO). The initiative offers 70 service lines across three areas: common services at the UN House, procurement and travel, and administration and protocol. Fifteen out of the 24 specialised agencies, funds, and programmes in the country have already joined the CBO.Since 2016, UN Brazil has been pioneering a simplified model of shared services provision, primarily focused on procurement and travel. Precisely because of this consolidated experience, Brazil was selected by the United Nations to be one of the five pilot countries in the establishment of the CBO, with a greater scope and range.The CBO is part of the Efficiency Agenda, a strategic worldwide UN initiative to make the organization more agile and efficient and, therefore, better prepared to tackle the major challenges faced by humanity, such as the climate crisis and the fight against poverty and inequality.“To better support countries in implementing the Sustainable Development Goals, we must continuously seek new ways of operating,” says UN Resident Coordinator in Brazil, Silvia Rucks. “In Brazil's case, the Efficiency Agenda is part of the commitment made to the Brazilian State through the Cooperation Framework we signed last year”. Brazil's CBO will be led by UNDP, chosen to be the service provider in the country. “Our goal is to help make the UN System even more effective, faster, and more agile in delivering development results, as expected by member states and beneficiaries. This will be achieved through joint work with UN entities in implementing methods that improve service quality and strengthen national UN teams,” says UNDP Resident Representative, Claudio Providas. The careful process of developing the CBO proposal was led by the Resident Coordinator and involved all UN System agencies operating in Brazil to ensure that the services offered truly meet operational demands and reduce costs. With the efficiency actions already implemented by the UN in the country, an annual cost saving of approximately $1.5 million has been achieved. The expectation is that with the CBO and other structured actions as part of the operations strategy, this saving will reach $3.7 million per year.“The participation of UN agencies, funds, and programs in the process of developing the CBO proposal has been very important so far, but it will be even more so going forward, as implementation begins,” stressed Silvia Rucks.Follow @onubrasil to learn more about UN's work in Brazil!
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Notícias
14 maio 2024
ONU: Tráfico de vida selvagem afeta mais de 4.000 espécies em todo o mundo
O Relatório Global sobre a Vida Selvagem e os Crimes Florestais 2024, lançado nesta segunda-feira (13) pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), destaca que - apesar dos sinais positivos na redução dos impactos do tráfico de algumas espécies icônicas, como elefantes e rinocerontes - o tráfico de vida selvagem não foi substancialmente reduzido no decorrer das duas últimas décadas. A entidade das Nações Unidas alerta que é necessária uma aplicação mais consistente para lidar com a oferta e a demanda, a implementação eficaz da legislação, incluindo leis anticorrupção, bem como um monitoramento e uma investigação mais fortes.“Os crimes contra a vida selvagem causam danos incalculáveis à natureza e também ameaçam os meios de subsistência, a saúde pública, a boa governança e a capacidade do nosso planeta de combater as mudanças climáticas”, disse a diretora executiva do UNODC, Ghada Waly. “Para combater esse crime, precisamos acompanhar a adaptabilidade e a agilidade do comércio ilegal de animais silvestres. Isso requer intervenções consistentes e direcionadas tanto no lado da demanda quanto no lado da oferta da cadeia do tráfico de animais silvestres, esforços para reduzir os incentivos e os lucros criminosos e maior investimento em dados, análises e capacidades de monitoramento”, explica a alta funcionária da ONU. A terceira edição do Relatório Global sobre Crimes contra a Vida Selvagem e as Florestas explora as tendências, os danos, os impactos e os fatores que impulsionam o tráfico de animais selvagens protegidos. Ele também avalia a eficácia das intervenções para combater o comércio ilegal e fornece recomendações de políticas.A escala e os danos do crime contra a vida selvagemO escopo e a escala global do crime contra a vida selvagem continuam substanciais, de acordo com o Relatório, com apreensões entre 2015 e 2021 indicando comércio ilegal em 162 países e territórios, afetando cerca de 4.000 espécies de flora e fauna. Aproximadamente 3.250 dessas espécies estão listadas na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (CITES).Entretanto, algumas das espécies mais afetadas - como orquídeas raras, suculentas, répteis, peixes, aves e mamíferos - recebem pouca atenção do público, embora o tráfico de vida selvagem tenha desempenhado um papel importante em sua extinção local ou global. Além da ameaça direta que o tráfico de animais silvestres representa para as populações de espécies, o crime também pode prejudicar ecossistemas sensíveis e suas funções e processos, inclusive sua capacidade de ajudar a estabilizar o clima e atenuar a mudança climática.O crime contra a vida selvagem também ameaça os benefícios socioeconômicos que as pessoas obtêm da natureza, inclusive como fonte de renda, emprego, alimentos, medicamentos, cultura, entre outros. Esses crimes também corroem a boa governança e o Estado de Direito por meio da corrupção, da lavagem de dinheiro e dos fluxos financeiros ilícitos.Como os traficantes de vida selvagem operam?O crime contra a vida selvagem está interconectado com as atividades de grandes e poderosos grupos de crime organizado que operam em alguns dos ecossistemas mais frágeis e diversificados do mundo, da Amazônia ao Triângulo Dourado, no sudeste asiático. O Relatório observa que os grupos do crime organizado transnacional desempenham uma variedade de funções ao longo da cadeia de comércio, incluindo exportação, importação, corretagem, armazenamento, manutenção e propagação de espécimes vivos ou gerenciamento da interface com os processadores. Os traficantes exploram inconsistências e pontos fracos na regulamentação e na aplicação da lei, adaptando continuamente seus métodos e rotas para evitar a detecção e a ação judicial.A corrupção desempenha um papel fundamental no enfraquecimento das medidas de regulamentação e aplicação da lei contra o comércio ilegal de animais selvagens, embora os casos de crimes contra a vida selvagem raramente sejam processados como delitos de corrupção. O Relatório do UNODC argumenta que mais atenção deveria ser dada ao julgamento de traficantes de animais silvestres de acordo com as leis anticorrupção, que geralmente oferecem mais poderes de investigação e penalidades mais altas do que as previstas na legislação ambiental.Progresso e perspectivas futurasAnálises recentes de duas espécies emblemáticas, elefantes e rinocerontes, mostram que uma combinação de esforços dos lados da oferta e da demanda, aliada à atenção política de alto nível, a restrições de mercado mais rígidas e à perseguição de traficantes de alto nível pelas autoridades policiais, produziu resultados positivos. Na última década, a caça ilegal, os níveis de apreensão e os preços de mercado diminuíram consideravelmente para os produtos de ambas as espécies.Entretanto, para manter e ampliar esses ganhos, o Relatório argumenta que a qualidade e a cobertura dos dados de apreensão de animais silvestres devem ser melhoradas, tanto geograficamente quanto em termos das espécies envolvidas. É necessário mais e melhor investimento para desenvolver a capacidade analítica e de dados em nível nacional e internacional.Enquanto isso, o investimento contínuo no monitoramento e na análise das tendências emergentes nos mercados ilegais de vida selvagem e nas atividades criminosas relacionadas é fundamental para adaptar e melhorar as respostas ao tráfico de vida selvagem.Mais informações:Acompanhe a cobertura da ONU News em português: https://news.un.org/pt/tags/unodc O Relatório Global sobre a Vida Selvagem e os Crimes Florestais 2024 está disponível em inglês em: https://www.unodc.org/unodc/en/data-and-analysis/wildlife.html Para saber mais, siga @unodcprt nas redes! Contato para imprensa: Brian Hansford, Chefe da Seção de Advocacy do UNODC: unodc-press@un.org
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Notícias
14 maio 2024
Eficiência ampliada: ONU Brasil lança o CBO, novo centro de serviços compartilhados
As áreas de operações das Nações Unidas são o meio que viabiliza a implementação de todos os programas e iniciativas em apoio ao desenvolvimento sustentável do Brasil. Em um contexto de demandas crescentes, ampliar a eficiência das operações é indispensável para aumentar o alcance e a sustentabilidade dessas ações.O Sistema das Nações Unidas no Brasil lançou no dia 13 de maio seu novo e expandido centro de serviços compartilhados. Chamado de CBO (Common Back Office, em inglês), a iniciativa provê 70 linhas de serviços em três áreas: serviços comuns na Casa da ONU, compras e viagens, e administração e protocolo. Das 24 agências especializadas, fundos e programas no país, 15 já aderiram ao CBO.Desde 2016, a ONU Brasil vinha de forma pioneira implementando um modelo simplificado de provisão de serviços compartilhados, centrados principalmente em compras e viagens. Justamente por esta experiência consolidada, o Brasil foi selecionado pelas Nações Unidas para ser um dos cinco países-piloto na criação do centro de serviços compartilhados, com maior oferta e abrangência.O CBO é parte da Agenda de Eficiência, iniciativa estratégica da ONU em todo o mundo para tornar a organização mais ágil e eficiente e, portanto, mais bem preparada para lidar com os grandes desafios enfrentados pela humanidade, como a crise climática e o combate à pobreza e às desigualdades.“Para termos melhores condições de apoiar os países na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, precisamos buscar incessantemente novas formas de atuar”, afirma a coordenadora residente da ONU no Brasil, Silvia Rucks. “No caso do Brasil, a Agenda de Eficiência é parte do compromisso assumido com o Estado brasileiro por meio do Marco de Cooperação que assinamos no ano passado”, completa.O CBO do Brasil será liderado pelo PNUD, escolhido para ser o provedor dos serviços no país. “Nosso objetivo é contribuir para que o Sistema ONU seja ainda mais eficaz, mais rápido e mais ágil na entrega de resultados de desenvolvimento, conforme esperado pelos Estados membros e beneficiários. Isso será alcançado por meio do trabalho conjunto com as entidades da ONU na implementação de métodos que ampliem a qualidade dos serviços e do fortalecimento das equipes nacionais das Nações Unidas”, afirma o representante residente do PNUD, Claudio Providas. O cuidadoso processo de elaboração da proposta do CBO foi liderado pela coordenadora residente e contou com a participação de todas as agências do Sistema ONU atuando no Brasil, para garantir que os serviços oferecidos realmente respondessem às demandas das operações e representassem redução de custos. Com as ações de eficiência já implantadas pela ONU no país, já houve uma economia anual de custos estimada em 1,5 milhão de dólares. A expectativa é que, com o CBO e outras ações estruturadas na estratégia de operações, essa economia chegue a 3,7 milhões de dólares anuais.“A participação das agências, fundos e programas da ONU no processo de elaboração da proposta do CBO foi muito importante até agora, mas será ainda mais daqui para a frente, quando começa a implementação”, concluiu Silvia Rucks.Para saber mais, siga @onubrasil nas redes!
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